Moira torta
Nasci próxima a um poço
Olhava para dentro dele todos os dias e chorava
E todos os dias, com cangalhos de contas pendurados ao pescoço
As velhas sombras de corpos difusos sob as copas frondosas me clamavam água para matar a sede
Pureza e gratidão me davam em troca de água santa
Foi quando então um dia o jarro caiu e quebrou.
Agora vou ao fundo colher águas e cacos como rosas com as mãos em concha
Suas bocas sedentas esperam em cima, em oração
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