domingo, 8 de abril de 2012

Parto da segunda linha.
No entanto  ignoro  os trechos  do que poderia ter sido  a decomposição do enredo no núcleo tenso dos  versos retorcidos.Como rastros de lesmas nas paredes do banheiro.Ali onde haveria um espelho e a cara refletida daria sinais de profundo cansaço.
Ativo com isso a assimetria dos súbitos instantes como os fios suspensos tecidos entre as sete patas da aranha e uma gota oblíqua sob a pele.Um plasma recobre os tecidos e a libélula foge.
Nas montanhas o gelo derrete e faz muito frio. Mas é ali um lugar que só se encontra onde e quando nunca se chega depois. Nas sombras a espada corta a fumaça que sobe dos orifícios verdes de uma esponja. A orla  inteira aparece e é um ponto e meio e depois uma linha tracejada e reticências. E no momento exato quando isso aconteceu  era esperar apenas que a estrofe extravasasse  na corda bamba do poente. E neva.Tessitura de barro onde a pele esticada sobrepuja a ostra.
Quando então um dia daqueles se entra no pomar para apanhar pirilampos e apenas um estivera  maduro.Espargindo esteve nos músculos retesados o pó moído das entranhas e calcificou-se a nota na rótula retumbando de uma asa.E os lençóis.Ali onde só alcança a derivação do vão da escada em ascensão.Como os pêlos de um gato na escuridão reascende o brilho luminoso do olho  do animal em chama.
Se não soubesse traria a letra impressa na caligrafia exangue da pista de pouso e o arco, a esfera vazia. Preencheria de frestas a boca em oração com a polpa da fruta maturada e doce.
Escafandrista da canção que não tem nota ,  apenas pausa e o eco abafado do tambor.
Princípio e inércia alisam a curva montada no lombo do horizonte e cavalga. Quando  os cheiros e ácaros se misturam numa casca fina e dentro o amarelo embala o tempo a solavancos.
A derme resiste a ferroadas e a abelha encosta a púbis na varanda quando a tarde cora de manhãs os jardins regados a papoulas. E dorme.
Esporas e pedras, laringes e ungüentos perfumam a sépia quando vejo o colorido abafado das tavernas. Não há corpo que chegue pra tanto silêncio nem hóstia que proteja tanta homilia. E continua. Infinitamente como um sopro ardendo no peito. Azul escarlate e relva nas margens planas do profundo oceano onde fossem plantar na terra os tentáculos .
Florescência e trégua como tartarugas boiando na areia morna do ovo por eclodir.

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