terça-feira, 23 de julho de 2013

se macero rubras
as palavras na boca
feito pétalas excêntricas
à sede dos sentidos

brotam essências
e escorrem gotas lentas 

no 
canto 
inferior 
dos 
lábios
pequenos
acentos
circunflexos

atônitas as palavras
brindam fragrâncias
e  se esgueiram
escondem-se graves 
nos desvãos
do texto sem nexo
que semanticamente escrevo
com minha língua acre
dialetal 
e tinta

e o que leio é
seu doce veneno 
vertendo seiva 
entre meus espinhos 

supurados de mel

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